Análise Nike Air Zoom Pegasus 32

Na minha visita anual ao Freeport (já mencionada aqui), acabei por fazer uma compra que me deixou bastante surpreendido. Porquê? Ora bem, a razão é explicada pelo simples motivo de no mundo da corrida, pelo menos cá em Portugal, existe a ideia formulada que os ténis de corrida da Nike têm pouca durabilidade. Por uma questão de preço e para tentar perceber se esta ideia que se foi preconcebeu na minha cabeça é verdadeira, acabei por ceder à tentação e comprei uns Nike Pegasus 32.

Mas antes de falar deles vou contar a história que antecedeu a compra. Quem viu os ténis expostos foi a minha namorada. Ela quis imediatamente que eu experimentasse os ténis. Mas qual era a ideia dela? Que aqueles ténis fossem usados de forma casual. Eu quando vi o modelo que ela e os experimentei, a primeira coisa que eu lhe disse foi: eu vou levar estes ténis, mas é para correr! Pronto, mesmo depois de os comprar ainda me continuou a chatear para não os usar para treinar. Quando ela vir as fotos do estado atual deles… algures no tempo eles foram bonitos (e continuam a ser).

Fonte: Nike
O nome completo deste modelo é Nike Air Zoom Pegasus 32. Entretanto e como sempre nas minhas análises já saiu um novo modelo, o 33. O modelo Pegasus já tem um grande historial. Sempre que ouvi falar deles, sempre foram associados a um modelo para treinar e principalmente treinos longos. Olhando para eles é logo essa a impressão com que se fica, uma grande sola fazendo assim com que também tenha repercussões no peso, ficando assim inevitavelmente na classe dos “pesadões”.

Tal como já disse em cima, mal os experimentei fiquei muito agradado com o conforto que senti. Mas esse agrado ainda ficou mais presente a cada treino que fiz com eles. Tenho os usado essencialmente para treinos de uma hora para cima, e quando acabo o treino continuo a sentir-me bastante bem com eles calçados. Ainda por cima sendo um modelo neutro, tendo eu inclinação para pronador, fiquei fascinado o quão bem me sinto com eles. 

Fonte: Nike
Um fator determinante para este conforto, é o amortecimento. Do princípio ao fim do treino, em ritmo moderado ou mais “vivo”, subidas ou descidas, o amortecimento é excelente e não me deixa ficar mal. Quando faço umas retas no final do treino é que percebo que realmente a “praia” deste ténis é em treino contínuo e não podemos contar com eles para um poder de resposta em treino intervalado ou até em provas rápidas. Em termos de respirabilidade, já treinei com eles com temperaturas altas e ligeiramente baixas. Nunca senti os pés com calor ou com frio. Por isso penso que estão bastante equilibrados neste ponto.

Fonte: Nike
Onde está a grande falha neste modelo (e em tantos outros…) é na aderência. Basta o asfalto estar molhado para sentir uma falta de aderência à estrada brutal. A subir então tenho mesmo que adaptar o tipo de passada para não derrapar tanto. Infelizmente é um mal de muitos modelos de várias marcas. Não entendo como não se preocupam mais com isto.

Concluindo que esta análise já vai longa, fiquei mesmo muito surpreendido com este modelo ainda para mais sendo a primeira vez que corro com a Nike. E por 41€ no Freeport porque não arriscar?

Pontos Positivos
+ Preço, preço, preço!
+ Conforto
+ Amortecimento
+ Respirabilidade
+ Peso (para a classe dos “pesadões”)
+ Estética (opinião pessoal)

Pontos Negativos
- Aderência



análise
novembro 10, 2016
4

Comentários

  1. Há cerca de 6 meses comprei as Pegasus 33 numa promoção (não tão boa...) porque apesar de nunca ter pensado em comprar Nike, ajustaram-se ao meus pés como uma luva (experimentei também umas Vomero mas já não era a mesma coisa). Tenho exatamente a mesma opinião que tu, menos no que toca à aderência porque não me lembro de ter dificuldades em piso molhado (pode ser do modelo mas também por não as ter usado muito com chuva...). Bons treinos!

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    1. Se calhar esse modelo já tem melhorias quanto à aderência! Mas claro que também depende sempre como piso está, se for aquela chuva miúda facilmente o chão fica tipo manteiga e é ai que este tipo de solas demonstra as suas debilidades.

      Abraço!

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  2. Ainda bem que te adaptaste bem às Pegasus 32. Eu comprei as Pegasus 31 quando saíram e ainda hoje "não sei correr com elas"! Isto deve-se à falta de altura no exterior do calcanhar que me dá a sensação de que aterro com os pés sempre num buraco! Já as Vomero não têm esse problema...
    Quanto à qualidade dos materiais são de facto muito boas. Ando há que tempos a ver se a sola ou o tecido se gastam para comprar outras, mas não há meio... :)
    Abraço

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    Respostas
    1. É estranho, tanto as Pegasus como as Vomero são para neutros. Mas verdade seja dita que já experimentei montes de ténis neutros e por causa da minha tendência para a pronação, em muitos modelos sentia logo a falta de apoio só a experimentar em loja!

      Ainda bem que são duráveis! :)

      Um abraço

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