31.º Corta-Mato Cidade de Amora

Sim eu sei que continuo desaparecido. Mas só online como muitos já perceberam. Felizmente não tenho abdicado de ir às provas, nem que seja a treinar como foi caso do fim-de-semana passado nos Descobrimentos. Mas pronto, eu sei que já passou um mês mas tenho que vir falar da minha última prova antes de fazer a próxima já este domingo, no Grande Prémio de Natal.

Curiosamente a minha última prova antes do primeiro confinamento foi um corta-mato. E nessa época tinha também tudo alinhado para ir à Amora quando uma viagem de trabalho surgiu. Portanto, nada melhor do que a primeira prova da época pelo Belenenses ser exatamente uma prova que já há anos queria experimentar. Infelizmente este ano mudaram o local de realização da prova e já não pude experimentar o percurso que tanto ouvi falar e vi na TV.

A prova do escalão sénior era tarde (12h30) e por isso não me preocupei em ir cedo como de habitual. Aproveitei para fazer aquilo que não faço durante a semana, que foi dormir um pouco mais e sem preocupação com o despertador. Fui andando descontraído para à Amora, e cheguei ainda a tempo de ver algumas provas antes da minha. Percebi que era um percurso rápido, sem o grau às vezes desmedido de alguns percursos de corta-mato. Aquecimento tranquilo com um novo colega do Belenenses, e siga para o bloco de partida para ver algumas caras conhecidas. Estava descontraído, aquela não era a minha praia, não tinha pressão para um grande resultado pois estavam lá atletas de outro nível, e portanto o que interessava era dar o meu melhor e fazer um bom primeiro resultado pelo Belenenses.

A partida foi dada e tentei desde logo seguir num ritmo alto mas controlado. Segui na cauda do grupo da frente e percebi logo que não ia ter pernas para os acompanhar. Sentia-me bem e solto, mas temos de saber perceber quando os da frente são melhores e não hipotecar o nosso desempenho logo no início da prova. Isto só podia significar uma coisa: depressa fui para uma terra de ninguém. Não tinha ninguém atrás, e os da frente ficaram longe. Eram cinco voltas de 2km, e ainda faltava muita terra batida para correr. 


Acabei a primeira volta e acabei entusiasmado com o apoio dos meus colegas do Belenenses, e até de outras caras conhecidas que como já tinham feito as suas provas, ficaram para apoiar os outros atletas. Continuava numa terra de ninguém mas como costuma acontecer comecei a ter um vislumbre de atletas que começavam a ficar para trás após terem ido com o grupo da frente. No fim da segunda volta o mesmo apoio e desta vez retribui com um gesto: o meu objetivo era apanhar os atletas que por esta altura já só estavam a algumas dezenas de metro de mim.

Bastaram algumas centenas de metros para eu me colar a estes 2/3 atletas que seguiam à minha frente, e mais algumas centenas para seguir apenas com o da frente do pequeno grupo. Naturalmente impusemos um bom ritmo e acabo-os por seguir sozinhos. Acabamos a ultrapassar mais um atleta ou dois atletas, e seguimos juntos até à fase final da prova. Percebi que se queria ganhar a posição teria de ir para a frente e rezar que o João (o atleta que seguia comigo que era dos Ingleses) já não tivesse pernas para me dar uma coça. 

Felizmente acabei por passar a meta a 10 segundos do João, mas mesmo assim a 35 segundos do atleta da Run Tejo que acabou à minha frente. Acabei por terminar na posição (10º lugar da geral) mais desinteressante para o clube, pois a partir da minha posição (inclusive), apenas dava 1 ponto para a classificação coletiva. O tempo esse acabou por ser o mais interessante, com 35m28s. Para uma prova de corta-mato e que toda a gente disse que tinha mais de 10km, não podia ter ficado mais contente!

Bem, agora era aquele discurso que iria recuperar para a próxima, mas a verdade é que já passou um mês. Já fiz um novo ciclo de treino, meti bastante carga e sinto-me entusiasmado com um possível bom resultado a nível de desempenho. Mas veremos. Até lá!

Corta-Mato Cidade de Amora
dezembro 8, 2021
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