Campeonato Regional de Corta Mato Curto Lisboa 2022

Mais uma vaga do bicho, mais dois meses quase sem provas. Mais uma quase inevitável quebra psicológica (não totalmente relacionada com a pandemia) e física. Ingredientes para um resultado que facilmente se fazia adivinhar. De qualquer forma, os detalhes sobre estes últimos factos, ficam para um próximo artigo.

Esta prova tem muito pouco que se conte. Afinal estamos a falar de uma prova com apenas 4.000 metros, composta por uma volta de 1.000 metros e duas de 1.500 metros. Como qualquer prova federada com múltiplos escalões, já sabia que estava escalado apenas para correr às 12h20. Para não sofrer com o despertador (já me chega durante a semana), acordei descansado e só depois de relaxar um pouco e de alguns afazeres, é que segui para São Marcos. De qualquer forma ainda fui mais cedo do que costumo ir para as provas, apenas para poder conviver um pouco com a minha equipa.

Algum tempo antes da prova, fui juntamente com os meu colegas de equipa Natanael e Rudolfo, fazer o aquecimento possível no inferno que era a zona da prova. Para terem noção, foram quase 100m de acumulado em apenas 3,5km, num pace super lento. Já junto da zona onde a equipa estava reunida, foi calçar os bicos e seguir para o bloco de partida.

Após uma ameaça com a pistola a não dar o tiro de partida, seguiu-se a partida num ritmo rápido mas não completamente louco. A loucura não foi maior porque com tantas curvas e curvinhas, e tendo em conta o normal aglomerado de atletas inicial, o ritmo não podia ser maior. Mas vejam lá se não tenho razão:

A primeira volta foi completamente horrível. Senti-me preso e os aumentos de ritmo estavam a ser feitos com esticões que fazia quando queria ultrapassar outros atletas que seguiam à minha frente. Por esta altura seguia em terceiro da equipa, e a certa altura chegámos a seguir em bloco (eu, o Natanael e Rudolfo). Com o acabar da primeira volta, já existia o natural distanciamento entre atletas, e a prova começou. Fui passando alguns atletas, inclusive o Natanael que passei num autêntico esticão, pensado ele que eu estava super bem. Sim claro, mal ele sabia que eu estava era sentir-me um autêntico barril a correr. Não ganhes juízo à mesa que vais ver. A verdade é que também estou há duas semanas sem fazer séries, e inclusive na semana anterior apenas fiz 3 treinos de 30 minutos cada. Como já disse, virá um artigo sobre esse assunto depois. 

Segui mais algum tempo atrás do Rudolfo, e acabo por o ultrapassar numa das últimas subidas da segunda volta. Algo interessante destas duas voltas de 1.500 metros, é que tinham autênticas paredes, curtas, mas que parecia que era necessário um kit de escalada. Benditos bicos. A última volta foi toda feita com a faca nos dentes. Ainda ultrapassei alguns atletas, mas claramente não era o meu dia. Curioso um atleta que eu ultrapassei (como no motociclismo, a papa-lo por dentro numa curva), aproximei-me do seguinte, e na última subida, só o vejo a sprintar a passar por nós. Ainda me lembro de me gritarem antes de o ultrapassar a dizerem-me que ele ia todo roto. Isto da corrida tem muito que se lhe diga.


Acabei por fechar a prova em 7º do escalão sénior, com um tempo de GPS de 13m38s. Digo de GPS, pois a prova não tinha chip e era controlada pelo famoso sistema de tickets em que seguimos em filinha pirilau após a meta para receber o nosso ticket com a posição, e só naquele momento o cronómetro para. Coletivamente, ficámos em 4º lugar, o que confesso que me soube a pouco. 

Agora é ganhar juízo, e retomar os treinos a sério. Daqui a um mês há mais corta mato, desta vez o Campeonato Regional de Corta Mato Longo.

Resultados: Campeonato Regional de Corta Mato Curto

Campeonato Regional Corta Mato
fevereiro 13, 2022
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