Apesar de não estar minimamente a brincar relativamente ao meu objetivo, claro que todos sabemos as fantásticas dores de plantares que a corrida nos dá, principalmente quando passamos os três de quilometragem por semana (como sabem estou numa fase de zero quilómetros por mês…). Mas chinelos de recuperação, até que ponto poderiam fazer diferença? A curiosidade levou a melhor e decidi investir nos HOKA Ora Recovery Slide 3. Explorei e analisei alternativas de outras marcas como a OOFOOS e a Saucony, mas a verdade é que tanto estas marcas como a HOKA, foram bastante difíceis de encontrar no mercado, seja por ser um produto muito especifico, seja por estarem esgotados. E as boas análises ao modelo da HOKA acabaram por levar a melhor. Nota: relativamente às dificuldades de encontrar no mercado, estou a excluir lojas em que se corre o risco de ficar com a encomendar na alfândega.
Vamos então por partes. A minha primeira sensação quando os calcei foi o quão parecia que os chinelos estavam adaptados aos meus pés. Foi uma sorte, encomendei o número 40 (o número que normalmente calço em caçado que não é para correr) e ficaram perfeitos. Nos primeiros passos com eles, a sensação é que o estes Slide 3 foram desenhados mesmo para acompanhar o movimento natural do pé. Quanto ao primeiro impacto visual, bem, não são fantásticos. A HOKA vende algumas cores exclusivas no site (encomendado por lá, corre-se o risco de ficar na alfândega pelo que percebi), e alternativas que encontrei noutras lojas foram perto de zero. Mas isto é par usar em casa, por isso estou bem com a minha opção.
O conforto é muito bom, embora não seja aquele estilo “super fofo” tipo andar numa almofada, como se sente em pantufas, ou segundo dizem, em alguns modelos da OOFOOS. Não estou a dizer que o amortecimento não é “macio”, e isso sente-se quando por exemplo subimos e descemos escadas, mas aqui o destaque vai mais para o formato do chinelo do que propriamente para a suavidade do amortecimento. O formato está extremamente bem conseguida: sente-se que alivia os pontos de maior pressão, especialmente na zona do calcanhar e do antepé. O apoio tal como disse é firme, mas perdoa onde mais precisamos. A cada passo, há aquela sensação de que o impacto é suavizado nos sítios certos. E isso, a longo prazo, nota-se.
Outro ponto positivo é a leveza. Olhando para eles, com uma sola gigante face ao tradicional chinelo de andar em casa, a sensação é que são pesadíssimos, mas é exatamente o oposto. São incrivelmente leves, ao ponto de por vezes me esquecer que os tenho calçados e sentar-me no sofá, esticar as pernas, e nem os tirar. A durabilidade também está a ser uma agradável surpresa. Ao fim de várias semanas de uso (eu trabalho em casa), continuam praticamente como novos. A sola não apresenta desgaste, e o conforto mantém-se. Nada cedeu, nada rasgou. Dão a sensação de que vão durar muito mais do que o típico chinelo de andar por casa. E como se tudo isto não bastasse, há ainda o detalhe da transpiração — ou melhor, da ausência dela. Mesmo em dias quentes, os pés não suam dentro destes slides. O material é arejado o suficiente, e o design não prende o pé, o que faz com que seja possível usá-los o dia todo sem aquela sensação de calor desconfortável.
Se são mais caros que um qualquer chinelo do “chinês”? Sim. Se valeu a pena o investimento? Para mim, sem dúvida que sim. Os HOKA Ora Recovery Slide 3 podem não ser os mais macios do mercado, mas compensam com um formato que parece ter sido desenhado com precisão para aliviar o impacto da passada e proteger os pontos mais sensíveis. Juntando isso à leveza e conforto nestes dias quentes, temos aqui um modelo que cumpre exatamente aquilo a que se propõe.
Pontos Positivos
++ Peso
++ Conforto
+ Respirável
+ Durabilidade
Pontos "assim-assim"
+- Amortecimento
+- Preço
Pontos Negativos
- Design
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junho 1, 2025
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