Campeonato Regional de Corta-Mato Longo


Com o decorrer da temporada de corta-matos, no último sábado foi dia de mais uma vez (como já tantas outras) ir até à Santa Iria da Azóia fazer o Regional Longo. Esta foi uma prova que o ano passado não pude estar presente por na altura ainda estar a retomar os treinos depois da inflamação mistério que tive no início de 2023. Esta prova foi a primeira parte de um fim-de-semana duplo, em que tive de dividir atenções entre este corta-mato e a Meia Maratona de Cascais. Já me ouviram dizer muitas vezes que não gosto de fazer provas em fins -de-semana seguidos, mas fazer provas em dois dias seguidos, acrescenta todo um outro nível de cansaço acumulado. Mas vamos ao corta-mato, porque para esta ainda estava fresco.Cheguei a Santa Iria da Azóia com tempo, podendo conviver com a malta do Belenenses (e não só), fazer um bom aquecimento e claro mesmo assim ir a correr para a partida depois de a conversa se alongar ao trocar dos ténis de aquecimento para os bicos. O percurso era misto: tanto era estradão duro, como era completamente relva com uma camada de quase lama.

Sim, cheguei à pressa ao bloco de partida, mas o oficial que deu o tiro de partida conseguiu superar qualquer coisa que eu já tenha presenciado. Foi qualquer coisa como: “aos seus lugares, PUM!” Sim o tempo que vocês demoraram a ler a frase, foi exatamente o tempo de ele dizer as palavras e dar o tiro de partida. Alguém estava com pressa para almoçar.

A partida foi rápida mas depressa estabilizou. Foi uma primeira volta muito estratégica, em que parece que um grande grupo da frente composto diria por 10 atletas, se estavam todos a controlar uns aos outros. Eu aproveitei e segui com eles para assim não ter tanto desgaste. Felizmente já sei como estas provas de corta- mato funcionam: começar lento, subir o ritmo, acabar a matar. E em nada foi diferente desta vez.



Ao fim da primeira volta, o ritmo aumentou e grupos desfez-se por completo. Por esta altura fiquei mais ou menos nos cinco primeiros. A meio desta segunda volta, senti que já estava a ficar com a passada demasiado presa e decidi ir para a frente do grupo. Foi praticamente uma volta completa em que segui na frente, mas sempre com atletas que seguiam atrás de mim. Quase no fim da terceira volta perguntei a alguém do público quantas voltas eram ao todo. Disseram que eram quatro, que me faltava acabar aquela e mais uma. Nunca olhei para o relógio durante a prova, mas à velocidade que as voltas se estavam a suceder, sabia bem que era impossível em quatro voltas fazer os anunciados 8.000 metros (acabou com 6.900). Deviam ter sido cinco voltas, mesmo que isso acrescenta-se mais umas centenas de metros à prova (oficialmente teria sido o mais correto).

Ao fim desta terceira volta eu já não seguia na frente da prova. Como também já estou mais que habituado, estas provas pertencem aos “miúdos” que têm velocidade e muita força nas pernas. Um miúdo (sub20) do Sporting passa por mim a todo o gás e passado um bocado também um atleta da Run Tejo (este já sénior, mas com aparência de ser bastante novo também) me passa a grande velocidade. Embora tenha ficado apreensivo com aquele volte face, continuei a puxar e a seguir num ritmo alto. Seguia com mais um atleta da Run Tejo colado a mim (este já meu conhecido, Filipe Rebelo) e não podia baixar a guarda.

No entanto, estava a sentir que naquele momento já não dava para sprints. Na longa reta que antecedeu a meta, o Filipe mandou-se para a minha frente e não consegui acompanha-lo. Puxei o máximo que conseguia, e até percebi que se a prova tivesse mais 100/200 metros, tanto eu como o Filipe tínhamos passado o Ismael Carvalho da Run Tejo, que apesar de ir em quebra completa acabou por cruzar a meta em primeiro lugar dos seniores.



Apesar de quando ter passado a meta estar algo triste e até ter pedido desculpa ao Gonçalo da Direção do Belenenses por não ter feito melhor, olhando para trás percebo que dei o máximo que conseguia. Posso me ter guardado na primeira parte da prova, mas foi a opção correta pois não fazia sentido tentar descolar-me do grupo inicial. Fui para a frente da prova quando devia ir, e paguei a fatura do esforço quando a tinha que pagar. Tivesse a prova a distância oficial e não tenho dúvidas que um segundo lugar tivesse sido garantido. Assim para a história fica finalmente um 3º lugar num Regional de corta-mato, com o tempo de 22m24s (a 8 segundos do primeiro). Por equipas ficamos num agradável também 3º lugar. Aqui uma palavra de elogio para a AAL, por “despachar” rapidamente os pódios, indo já a hora bastante avançada (a nossa prova começou às 13h10).


















Mas o fim-de-semana semana não ficou por aqui. Próximo artigo em breve!



corta-mato
fevereiro 5, 2024
0

Comentários

Search

Popular Posts

Análise Nike Pegasus 39

Eu tenho uma opinião muito própria sobre o calçado da Nike. Essa opinião foi fo…

Olá Garmin Connect!

Num dos meus últimos artigos, referi que estava a ponderar deixar de usar o Str…

Análise Kiprun KS900 Light

Existem modelos que nos caem no goto. Durante anos a fio, para treinar fui um a…

Análise Joma R.3000

Não há dúvida que a palavra carbono veio revolucionar o mercado dos ténis . Des…

Análise Kiprun KS900

Esta época faz 10 anos que comecei a levar esta coisa da corrida um pouco mais …

Contact Me