Antes das desculpas, vamos à prova. Tal como no ano passado na minha primeira prova pelo GFD Running, fui para a zona de Algés e estacionei exatamente no mesmo sÃtio. Comparando esse dia, a grande diferença foram as condições meteorológicas: o ano passado davam avisos de tempestade, e nestes dias estivemos com uma vaga de calor daquelas que em Setembro que já nada surpreende. Dorsais distribuÃdos, fotografia da cada vez maior familia do GFD Running e seguir para equipar e aquecer. Já por esta altura senti que estava demasiado calor, com a boca a secar-me e a sentir demasiado calor a ritmos ainda baixos. O que foi estranho, pois até havia comentários da malta a dizer que o tempo estava ótimo. Eu sempre preferi competir com temperaturas baixas, por isso achei os comentários absolutamente normais.
Eu e o meu amigo e colega de equipa Luis Machado tÃnhamos dorsal de elite para podermos aceder ao bloco de partida correspondente. À entrada do bloco fomos surpreendidos pela organização a barrar-nos a entrada, dizendo que já era muito tarde e tÃnhamos que entrar pelo bloco anterior. Lixados (para não dizer outra palavra), reclamando o mÃnimo possÃvel por já estarmos quase na hora da partida, baixámos os braços e seguimos para o bloco anterior, mas felizmente consegui chegar-me à frente o que minimizou o impacto. Claro que após o tiro de partida, ainda tive que correr um bocado pela lateral para ultrapassar os VIPs e convidados que obviamente não estavam ali para ritmos loucos.
Entusiasmado com o regresso à competição, não me segurei totalmente e o primeiro quilómetro foi feito a 3:06/km. Percebi logo pelas sensações que tive, que não estava preparado para suster aquele ritmo e associei isso à falta de competição nas pernas. Baixei o ritmo, utilizando o truque tÃpico de me ir colando aos pequenos grupos que se iam formando. Com isso veio o quilómetro 3, com os seus 28 metros de ascendente. Comparando com o ano passado, apesar do meu tempo final pior, fiz esta subida com um ritmo mais alto, 3:32/km vs 3:36/km. Mentalmente procurava por mais força para ir de encontro aos ritmos que fiz neste bloco de treinos, mas o corpo teimava em não responder totalmente.
Se nos primeiros quilómetros ainda senti boas sensações, após a dita cuja subida e mesmo com o regresso a descer, percebi que não ia ter uma missão fácil a partir dali. E mais custou por lentamente começar a ficar sozinho. Antes dos 5km de prova tinha pela frente o meu colega de equipa Carlos Cardoso, e estava a tentar “ir buscá-lo” como forma de me motivar, e quando senti que isso estava a acontecer, o Carlos infelizmente abandonou (por momentos) a prova, e portanto continuei a minha caminhada sozinho. Foram demasiados e longos quilómetros a lutar contra um calor infernal que quase parecia só eu sentir, e até para perceberem, eu não costumo ligar nenhuma aos abastecimentos de água numa prova de 10km, fui a todos, molhando-me, dando um golo, e até agradecendo aquelas passagens com chuveiros de água tÃpicos da Corrida do Tejo.
Portanto malta, já perceberam que não há mais grande história nesta prova. Se eu tinha ambições para esta prova, rapidamente foram destruÃdas por péssimas sensações e por uma sensação (desculpem repetir-me) de completa impotência para lutar contra o ritmo a cair. Passei a meta a dar o que tinha pois até pensava que atrás de mim se encontrava um atleta de uma equipa contrária, e até era o meu colega de equipa Avelino. Um 11º lugar (33m23s) numa Corrida do Tejo não é algo de desprezar, mas mostrando também que o 5º lugar do ano passado foi um erro de casting. Mas, tal como disse no meu último vÃdeo, podia ter ganho a prova… as sensações foram uma valente merda, e nisto da corrida amadora, isso é que conta.
Horas depois do fim da prova, estava com uma de garganta brutal, completamente entupido e com aquela dor de cabeça tÃpica de quem está a chocar uma valente. Escusado será dizer que os dias seguintes foram horrÃveis com os nÃveis de energia super baixo. Será que no domingo de manhã o corpo já estava em baixo com num ligeiro estado gripal? Olhando ainda para o dia anterior, mesmo a Johanna me disse 1 ou 2 vezes que parecia que eu estava cansado, e a verdade é que me sentia cansado, mas nunca pensei que pudesse a estar engripado. Mas pronto, sabem de quem é a culpa disto não é? Do meu rico filho, que entrou para a creche, e numa semana ficou logo em casa com febre e constipado… e claro que me pegou. Obrigado meu pirralho.
Mas como sempre, isto já lá vai, e o melhor estará sempre por vir. Haja vontade de continuar a trabalhar para melhorar!
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Resultados: Corrida do Tejo 2024
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