Nostalgias à parte, a manhã começou de forma caótica. Se já não é normal ter a Johanna a vir comigo a uma prova, quando se junta uma miniatura de 1 ano a todo o processo de sair de casa à pressa, é festa garantida. Felizmente chegámos mais que a tempo para me encontrar com a malta do GFD Running e ainda estar a descontrair um bocadinho para ir para aquele ritual normal: equipar para aquecer, aquecer, mudar para o equipamento de competição e seguir para o bloco de partida. Sentia-me confiante, mas sem nenhuma pressão em cima. No final “da prova” explico porquê.
A prova arrancou num ritmo controlado. Senti que existiu desde cedo uma vontade de testar as águas por parte de alguns atletas, mas ninguém queria assumir verdadeiramente a frente da prova. Este continua sempre a ser o melhor cenário para mim no início de uma prova, pois ainda continuo sem capacidade para poder acompanhar os verdadeiros monstros que vão na frente destas provas. Mas claro que isto é sempre algo passageiro. Por volta dos 3km já todos estávamos divididos em micro grupos, ou no meu caso, quase sozinho.
Sentindo que estava a ir no ritmo que queria, nem à morte, nem confortável, percebi que tinha um atleta praticamente colado a mim e chamei-o para vir comigo. Felizmente o André Pais (do Tondela) “aceitou o desafio” e fizemos muitos e bons quilómetros juntos. Se não fosse ele, com certeza o desfecho da minha prova teria sido outro.
Aos 6km começou a desgraça. Porquê a desgraça Vítor se é quando a prova começa a descer? Exatamente! Começa a descer e parece que nunca mais para de descer. E o que é que todos sabemos sobre a corrida dos Sinos? Que é uma prova de ida e volta. Portanto o que descemos… temos de voltar a subir. Não pude deixar de me virar para o André e dizer “foda-se que nunca mais para de descer”. Mesmo mecanicamente, não é uma sensação fantástica para o nosso corpo pois passado algum tempo de estarmos constantemente a descer, o nosso próprio andamento começa a ficar mais lento porque as pernas ficam cansadas de levar aquela pancada toda. Mas se aqui era a desgraça, a partir dos 8.5km começa o inferno.
Lentamente que até agora era descendente, começa a ficar ascendente até entrarmos nos quilómetros 10 e 11 com 17 e 22 metros de acumulado, respetivamente. Se até aqui ia com a faca nos dentes, a partir deste momento foi engolir a faca e aguentar os cortes que ela me estava a fazer às minhas pernas. O meu companheiro de prova, aos 11km começou a ficar para trás. Tentei chamá-lo para vir comigo, mas quando dei por mim estava sozinho. Mas tinha dois atletas no meu campo de visão (que o estavam desde 3/4km de prova) e foquei-me neles para dar tudo o que ainda tinha.
Aos 6km começou a desgraça. Porquê a desgraça Vítor se é quando a prova começa a descer? Exatamente! Começa a descer e parece que nunca mais para de descer. E o que é que todos sabemos sobre a corrida dos Sinos? Que é uma prova de ida e volta. Portanto o que descemos… temos de voltar a subir. Não pude deixar de me virar para o André e dizer “foda-se que nunca mais para de descer”. Mesmo mecanicamente, não é uma sensação fantástica para o nosso corpo pois passado algum tempo de estarmos constantemente a descer, o nosso próprio andamento começa a ficar mais lento porque as pernas ficam cansadas de levar aquela pancada toda. Mas se aqui era a desgraça, a partir dos 8.5km começa o inferno.
Lentamente que até agora era descendente, começa a ficar ascendente até entrarmos nos quilómetros 10 e 11 com 17 e 22 metros de acumulado, respetivamente. Se até aqui ia com a faca nos dentes, a partir deste momento foi engolir a faca e aguentar os cortes que ela me estava a fazer às minhas pernas. O meu companheiro de prova, aos 11km começou a ficar para trás. Tentei chamá-lo para vir comigo, mas quando dei por mim estava sozinho. Mas tinha dois atletas no meu campo de visão (que o estavam desde 3/4km de prova) e foquei-me neles para dar tudo o que ainda tinha.
Apesar de ter apelidado de desgraça e inferno o facto de estar prova ser de ida e volta, este facto trás aquela motivação extra. E apesar de desta vez só ter ouvido chamarem o nome “Vítor”, ouvi-o tantas vezes, que foi como se tivesse a estar constantemente a levar injeções de adrenalina. Nunca vou conseguir agradecer o suficiente toda a força que me dão!
Partilhando com vocês algumas palavra do meu treinador, a única coisa negativa que posso tirar do desfecho desta prova foi o facto de não ter tido uma pessoa nos últimos quilómetros a gritar-me “Vítor puxa mais, vais bater o teu recorde pessoal!”. Sim, este recorde pessoal não aconteceu… por 2 segundos. O meu melhor tempo é de 49m28s na Corrida das Fogueiras, e aqui cortei a meta com 49m29s para um 8º lugar da geral. Se fico chateado? Claro que não! Primeiro, esta prova é bem mais difícil que a Corrida das Fogueiras. Segundo, fico com o objetivo traçado até ao Verão: bater o meu melhor tempo aos 15km em Peniche já este ano.
Outras razões para o facto de não ficar chateado: apesar de estar bem fisicamente, estou em processo de afinação nutricional para poder estar bem para Maio/Junho. Isto para dizer, que fui para estar prova mesmo assim com mais 1/2kg do que aquilo que queria. Mas mais importante ainda é as alterações mecânicas que estou a introduzir na minha passada. Como partilhei através do Pace Setters Podcast, o teste à minha bio mecânica de corrida foi longe de ser perfeito, e existem algumas arestas que posso limar para tentar ser mais eficiente e eficaz na minha corrida. E é nisso que tenho estado focado nas últimas semanas! Mas quando tiver tempo, irei falar sobre isso e muito mais no meu canal de YouTube.
Próxima paragem? Treinar, treinar, treinar. Claro que com algumas provas de suporte pelo meio., mas o plano está mais que definido até final de Junho. Vamos embora!
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Resultados: 40ª Corrida dos Sinos
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abril 10, 2024
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