Viram o que eu fiz aqui? Arranjei forma de dar um título a este artigo não usando nem a palavra ténis nem sapatilhas. E assim vocês não me lixam a cabeça. Ou lixam porque vou ter que dizer uma delas durante o artigo. E vocês sabem qual é.

Neste artigo não há grandes introduções a fazer. Sempre fui adepto de ter uns ténis (pronto já está) para cada tipo de trabalho específico. A única mudança de abordagem que fiz esta época prende-se com o facto de estar a fazer muito mais trabalho na Z1/Z2, o que faz com que tenha optado por ter dois modelos para este tipo de trabalho. E acho que se torna muito mais interessante analisar as minhas escolhas por essas mesmas áreas.

Nota: no final podem encontrar uma lista de alguns dos modelos (não vou por todos porque alguns já estão descontinuados) que vou falar, com as análises (se disponíveis) e local onde comprar.

Corrida continua (Z1-Z3)

A minha primeira escolha vai obviamente para a minha recente paixão, os Kiprun KS900. Dão-me tudo o que eu quero neste tipo de treinos: estabilidade, amortecimento e segurança em qualquer piso. Dentro do mesmo género, após ter apanhado uma excelente promoção, estou a experimentar os PUMA Deviate NITRO 2. A análise fica para breve, mas posso dizer que até este momento estou a adorar correr eles.

Para terminar esta secção, tenho ainda os Kiprun KS900 Light que já vão com mais de 600km. No entanto, para treinos de corrida continua rápidos ou simplesmente com rectas/acelerações no final do treino, continuam a ser a minha escolha.

Threshold (Z4) e VO2 max (Z5)

Aqui a minha escolha vai variando tendo em conta a velocidade do treino e volume. Vamos a exemplos. Um treino de threshold com pouco volume, opto pelos Kiprun KD900. Se tiver muito volume, tenho optado pelos Kiprun KD900X. O objetivo de usar carbono, é mesmo o de poupar as pernas. Sabem que não sou de treinar para o ego, e por isso o que me interessa é treinar, fazer um bom treino, e recuperar bem para treinar no dia a seguir. Se usam carbono porque sentem que estão a andar mais rápido, deixem-se disso, porque não é assim que funciona.

Recentemente apanhei uma excelente promoção aos Nike Vaporfly 2 e acabei por comprar uns novos. E sim os Vaporfly 3 já saíram, mas a minha carteira é mais importante. Tendo em conta que o meu modelo antigo já vão com mais de 200km, sabem que o efeito já está longe do que era. Isto tudo para dizer, que o meu modelo antigo dos Vaporfly 2 tenho usado em alguns treinos específicos, mais para o estímulo de VO2 max.

Competição (o que Deus quiser)

Para terminar, a categoria onde não há rotação nenhuma. Mas no entanto, há várias sub-categorias, com modelos até que se mantém de há vários anos. Para estrada, independentemente da distância, tenho optado pelos Nike Vaporfly 2, optando por vezes pelos Kiprun KD900X, dependendo da importância da prova.

Depois temos o corta-mato, onde já nem sei há quantos anos que uso os Saucony Carrera XC 3. Nem 100km devem ter ainda, apesar de já os ter usado em inúmeras provas. E para pista, um modelo que também ainda só usei umas cinco vezes (entre treinos de habituação e provas), uns modestos Kiprun At Mid mas que fazem o seu trabalho na perfeição. Estão neste momento com uma excelente promoção, o que é de aproveitar para quem procura um modelo de pista barato.

E basicamente é isto. Eu tento ser minimalista na minha abordagem à quantidade de equipamento que possuo, mas a verdade quando vamos a ver, devido à rotação e especificidade de cada tipo de treino e competições, o número de ténis no armário acaba sempre por subir. Mas por enquanto, os próximos meses advinham-se estáveis e sem mexidas nas prateleiras!

Kiprun KS900